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Mostrando postagens de outubro, 2023

AMOR PRÓPRIO: DA ARROGÂNCIA À SERVIDÃO

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AMOR PRÓPRIO: DA ARROGÂNCIA À SERVIDÃO Narciso, 43 a.C., era um jovem extremamente belo e despertava nos homens e mulheres que o via uma paixão desenfreada. Entretanto, rejeitava todos os seus pretendentes com afinco, um atrás do outro. Certo do tamanho da sua beleza, convenceu-se que ninguém estava à sua altura, e apaixonou-se pela própria figura ao vê-la refletida nas águas de um lago. Mais tarde, isso o levou a ruína.  Pulamos para a metade do século XX, onde Mário Lago nos apresenta Amélia, a tal mulher de verdade. Resiliente, dedicava-se de corpo e alma à família, fazia de tudo para deixar todos alegres, mesmo que isso a aborrece. Não reclamava quando apanhava, não tinha luxo. Enfim, um ser devotado para servir.  Amélia era o oposto de Narciso, mas ambos padeceram no mesmo calvário: o excesso e a falta de amor próprio. Se o tamanho da dose transforma o remédio em veneno, a analogia serve também quando o assunto é amor próprio. Para conceituar, diz-se do sentimento de dignidade, es

A MALEDICÊNCIA DE CADA DIA

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A MALEDICÊNCIA  DE CADA DIA Depois de um longo inverno, cá estamos neste espaço a esboçar mais um punhado de palavras. Pouco importa para a ínfima audiência da página a sucessão dos fatos ocorridos nesse hiato, talvez menos ainda o que vai se desenrolar nos próximos parágrafos; afinal, está aí a única vantagem de não ser acompanhado, podemos escrever com mais liberdade sem maiores preocupações com os impactos causados. De muitos assuntos para se abordar, preferi, dessa vez, voltar-me a uma temática local, mais próxima da minha realidade, a tal da maledicência e suas consequências na vida das pessoas. Antes de qualquer coisa, não sou juiz e nem Deus; logo, a intenção de julgar alguém inexiste nessas linhas. Do pior ao melhor, sou igual a todos os andantes dessa Terra que ri e chora em busca dos seus próprios caminhos. A maledicência pode ser uma palavra antiga, mas se enquadra perfeitamente nos tempos contemporâneos. Trata-se, portanto, de comentários maldosos, injúrias ou calúnias dire