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Mostrando postagens de dezembro, 2021

O SAL DA VIDA É A MORTE

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O SAL DA VIDA É A MORTE A beleza das coisas encontra-se em sua finitude e que responde à fragilidade irremediável de cada ser ao se perceber como fator limitado. Uma flor artificial não é tão bela quanto à pétala crescida nos campos; e assim é, sobretudo, por sua continuidade irrefreável. A brevidade da vida a deixa mais frágil e suscetível aos desafios salutares para o crescimento do indivíduo, e com sobras esse marco de imprevisibilidade se transforma na força motriz para qualquer sujeito sabedor do seu protagonismo. Falar sobre a morte quase sempre foi concebido como um tema espinhoso. Até mesmo os povos mais antigos evitava a explanação acerca da não-existência; embora alguns, como os  egípcios, por exemplo, entendiam-na apenas como uma passagem para um outro plano. As crianças dialogam com mais naturalidade quando o assunto é a morte, afinal, para elas, a compreensão de vida é ainda precoce e inexiste o conceito de passado e futuro. Já os idosos são mais reticentes, especialmente 

SOBRE O MEDO

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 SOBRE O MEDO Se existe uma dinâmica mais ou menos padronizada perante a uma vida razoavelmente equilibrada, sem dúvida seus elementos se encontram presentes no medo.  Esse, entendido como uma reação instintiva da espécie humana, não pode ser visto como algo negativo; pois, de fato, produz efeitos necessários que garantem a sobrevivência. Nem mesmo seu caráter abstrato pode contestar tal afirmativa, uma vez sendo perceptível o rigor da sua atuação ao longo da construção do homem no transcorrer da história. O medo, em tese, não nos destrói, mas exige uma análise atenta quando sua dominância se acentua. Nesse estado, o indivíduo é forçado a abrir mão do controle sobre si próprio para viver escravizado entre questões subjetivas. Confirma-se, então, um novo estágio ligado à uma patologia denominada pelas ciências médicas como fobia. Imposta essa condição, julga-se necessário a busca por ajuda especializada a fim de evitar quadros complexos e incapacitantes ao paciente. Entretanto, a outra

O PUXA-SACO E SUA FALSA VISÃO DE MUNDO

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O PUXA-SACO E SUA FALSA VISÃO DE MUNDO O “chaleira” no norte do país, “baba ovo” em São Paulo, ou o bajulador nas esferas literárias; dá no mesmo! Estamos falando do tão conhecido puxa-saco! Esse sujeito tem uma marca registrada e não passa sem ser notado nem mesmo nas densas multidões. Ele se rebaixa para agradar o seu alvo e o fio condutor da sua atuação é alimentado pela necessidade ávida de agradar a quem lhe pode garantir benesses ou favores.     Na esfera pública ou no setor privado, encontramos os bajuladores dos mais variados tipos. Temos aquele que é o puxa-saco escancarado. Para ele, não há embaraço em demonstrar seu afã desvairado;  ao contrário, a exposição atesta sua identidade como pessoa e o torna membro de um clube restrito, com todo o bem-estar ilusório desse estado.   Há  também o retraído. Esse tipo de puxa-saco posa como equilibrado, mas, uma hora ou outra, perde o controle e deixa à mostra sua paixão. Geralmente quando isso ocorre, retoma a postura e se reinventa

A VAIDADE E O ESTADO DE ALIENAÇÃO

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A VAIDADE E O ESTADO DE ALIENAÇÃO O comportamento humano é complexo. Há indivíduos inclinados a trilhar caminhos difíceis fadados a encontros com desastres previsíveis; já outros refinam a estratégia escolhida e colhem melhores resultados. O grau de liberdade ofertado a cada um nesse processo não é muito claro, sobretudo pela engenhosidade contida nas circunstâncias inesperadas da vida. Porém, é razoável aquiescermos que essa falta de clareza se concentra naquilo denominado por Tomás de Aquino como o pior dos pecados: a vaidade.  O vaidoso assemelha-se a um balão de gás; embora cheio, não há conteúdo ali, e a aproximação desse vazio o desampara a tal ponto de nem mesmo perceber acerca das alternativas disponíveis. Configura-se nesse instante uma ruptura do pensamento. A soberba é mãe de outros defeitos, e à medida que descaracteriza o pensar, conduz o homem à escuridão. Compreender a vaidade como algo intrínseco à humanidade é fazer um juízo ponderado ligando-a com o que é passageiro,