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O QUE ROUBA SUA PAZ?

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Vivemos em um mundo acelerado, onde a busca pela produtividade e eficiência tem se sobreposto à qualidade de vida e ao bem-estar mental. Em meio a essa correria cotidiana, surge a pergunta: o que realmente rouba a nossa paz? São inúmeras as respostas possíveis, mas todas apontam para uma mesma direção — a perda do equilíbrio interior. O primeiro fator que muitos consideram como um ladrão da paz é a sobrecarga de informações. Nunca antes tivemos tanto acesso a notícias, redes sociais e aplicativos que disputam nossa atenção a cada segundo. Essa constante necessidade de estar conectado e atualizado provoca ansiedade e dificulta momentos de descanso mental. A tranquilidade, muitas vezes, é trocada pela preocupação com o que está acontecendo lá fora, com a vida alheia ou com as crises globais. Embora a informação seja valiosa, o excesso dela pode ser prejudicial, retirando-nos do presente e trazendo à tona uma inquietude que rouba nosso sossego. Outro grande vilão da paz interior é a compa

A PREGUIÇA MENTAL: UM DESAFIO CULTURAL NO BRASIL

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  A Preguiça Mental: Um Desafio Cultural no Brasil No Brasil, frequentemente nos deparamos com uma crítica recorrente: a aparente preguiça de pensar que muitos atribuem aos brasileiros. Essa percepção pode ser vista como um reflexo de diversos fatores culturais, sociais e educacionais que influenciam a forma como a população aborda problemas e desafios cotidianos. É importante analisar esse fenômeno de maneira cuidadosa e contextualizada para entender suas origens e impactos. Historicamente, o Brasil tem enfrentado uma série de desafios educacionais que contribuem para a formação de uma sociedade menos propensa ao pensamento crítico. A qualidade do ensino básico ainda é um grande problema, com muitas escolas públicas sofrendo com falta de recursos, professores mal remunerados e uma estrutura curricular que muitas vezes não estimula a reflexão profunda. Essa deficiência na base educacional cria adultos menos preparados para enfrentar problemas complexos e para questionar o status quo. A

REDAÇÃO - CYBERBULLYNG E SEUS IMPACTOS NA VIDA SOCIAL

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  Tema: Cyberbullyng Argumentos: morosidade das mídias sociais em combater tal prática e a falta de políticas públicas voltadas à temática. As relações humanas desde o início das eras foram pautadas, sobretudo, por conflitos e disputas. Ainda nas cavernas, o homem primitivo lutava com seus pares por comida, melhores parceiras e espaços mais férteis frente aos alimentos escassos da época. Atualmente, em um mundo conectado, no qual a comunicação é quase instantânea, a conduta de outrora deixou de ser tão voraz. Contudo, nem por isso deixamos de observar comportamentos violentos, quer seja na vida cotidiana ou em espaços na internet. E são nesses últimos que se encaixa o cyberbulling. A morosidade das plataformas virtuais, somada à falta de políticas públicas voltadas ao tema, contribui fortemente com esse cenário adverso. Segundo o site G1.com, mais de 80% dos crimes cometidos nas redes sociais e denunciados em delegacias especializadas são arquivados sem solução. Dentre os resolvidos,

VOCÊ NÃO É OBRIGADO SUPRIR AS EXPECTATIVAS DOS OUTROS

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VOCÊ NÃO É OBRIGADO SUPRIR AS EXPECTATIVAS DOS OUTROS Por Rôney Araújo Talvez o maior desperdício de tempo é fazer as coisas por obrigação, em um claro atentado contra o desejo genuíno frente à contradição da vontade. Não me refiro às coisas supérfluas, rotineiramente desenvolvidas e impostas a nós; mas sim àquelas que nos sujeitamos a fazer para suprir as expectativas de terceiros. São essas, de fato, as responsáveis por nos tornar autômatos e prontos aos comandos externos. Alguns deveres são fundamentais para a boa convivência em sociedade, mas há outros que não.   Um exemplo disso seria essa estória de estar feliz sempre. Não há decreto presidencial exigindo que as pessoas estejam em constância felicidade. A vida é feita de altos e baixos e sem problemas você acordar em um dia com o céu cinzento. Não somos obrigados a ser felizes no trabalho que nos suga até a última partícula da alma, nem tampouco em um relacionamento ruído. Podemos nos inquietar de vez em quando, ou quando nos a

AMOR PRÓPRIO: DA ARROGÂNCIA À SERVIDÃO

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AMOR PRÓPRIO: DA ARROGÂNCIA À SERVIDÃO Narciso, 43 a.C., era um jovem extremamente belo e despertava nos homens e mulheres que o via uma paixão desenfreada. Entretanto, rejeitava todos os seus pretendentes com afinco, um atrás do outro. Certo do tamanho da sua beleza, convenceu-se que ninguém estava à sua altura, e apaixonou-se pela própria figura ao vê-la refletida nas águas de um lago. Mais tarde, isso o levou a ruína.  Pulamos para a metade do século XX, onde Mário Lago nos apresenta Amélia, a tal mulher de verdade. Resiliente, dedicava-se de corpo e alma à família, fazia de tudo para deixar todos alegres, mesmo que isso a aborrece. Não reclamava quando apanhava, não tinha luxo. Enfim, um ser devotado para servir.  Amélia era o oposto de Narciso, mas ambos padeceram no mesmo calvário: o excesso e a falta de amor próprio. Se o tamanho da dose transforma o remédio em veneno, a analogia serve também quando o assunto é amor próprio. Para conceituar, diz-se do sentimento de dignidade, es

A MALEDICÊNCIA DE CADA DIA

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A MALEDICÊNCIA  DE CADA DIA Depois de um longo inverno, cá estamos neste espaço a esboçar mais um punhado de palavras. Pouco importa para a ínfima audiência da página a sucessão dos fatos ocorridos nesse hiato, talvez menos ainda o que vai se desenrolar nos próximos parágrafos; afinal, está aí a única vantagem de não ser acompanhado, podemos escrever com mais liberdade sem maiores preocupações com os impactos causados. De muitos assuntos para se abordar, preferi, dessa vez, voltar-me a uma temática local, mais próxima da minha realidade, a tal da maledicência e suas consequências na vida das pessoas. Antes de qualquer coisa, não sou juiz e nem Deus; logo, a intenção de julgar alguém inexiste nessas linhas. Do pior ao melhor, sou igual a todos os andantes dessa Terra que ri e chora em busca dos seus próprios caminhos. A maledicência pode ser uma palavra antiga, mas se enquadra perfeitamente nos tempos contemporâneos. Trata-se, portanto, de comentários maldosos, injúrias ou calúnias dire

A TEORIA DOS RELACIONAMENTOS: OS MÉDIOS

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A TEORIA DOS RELACIONAMENTOS: OS MÉDIOS Seguindo em frente no estudo das relações, hoje vamos falar do Homem médio . Eles dominam os espaços na estrutura relacional por serem em maior número, e parece que esse excesso é o principal problema na hora de formar um par. Onde há muita oferta , a qualidade do produto é inferior. O dilema da posição mediana vem daí, nem ao céu (aos destacados), nem a terra (aos baixos), configura-se um limbo onde quem aí está sente-se sem saída e de fronte com a solidão. A propósito, sobre essa, quando em demasia, vira desespero, e nesse caso aceita-se qualquer coisa para viver um relacionamento. O homem médio é aquele sujeito que não é estúpido como uma porta, mas se complica em todo assunto mais elaborado. Financeiramente ele não sobra, sobrevive com a mesma renda a vida inteira e não se incomoda com isso. Sobre o físico, é o chamado simpático; não causa espanto por onde passa, embora esteja longe de ser chamado de belo. Ele enxerga a vida tal qual uma ve

A TEORIA DOS RELACIONAMENTOS: OS DESTACADOS

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A TEORIA DOS RELACIONAMENTOS: OS DESTACADOS  Hoje trago ao leitor uma abordagem diferente das habituais tratadas nesta página. Na verdade, será uma coletânea de textos sobre um tema específico que há muito relutava em escrever. A teoria dos relacionamentos , genericamente aqui exposta, buscará a reflexão acerca dos desdobramentos das relações afetivas, do porquê começam, mantêm-se e terminam, e o perfil dos atores envolvidos nessa trama. Não existe a mínima pretensão da minha parte colocar um ponto final na temática, ao contrário; suscito-a com o ensejo em levantar mais hipóteses. Tampouco focarei na exceção dos casos, mas sim na regra. Logo, ao contra-argumentar, esqueça os casos isolados e mire-se no geral.  Ainda na introdução, recomendo que nos afastemos dos conceitos dogmáticos e das crenças limitantes. Desnude o seu espírito e desobstrua o cérebro para as próximas linhas. No fim, decida por si só o que vale a pena reter. Tudo que será evidenciado a seguir volta-se somente para os

MAIS OU MENOS HONESTO

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MAIS OU MENOS HONESTO Certo dia, em uma aula em que meus alunos e eu discutíamos um texto, algo curioso chamou-me atenção. O periódico dava conta de uma família de catadores de papelão que havia achado vinte mil reais no lixo. Ao depararem com a quantia, fizeram o esperado: devolveram ao dono. Como recompensa pelo gesto honesto, o mandatário deu a eles cinco mil reais. Até aí tudo tranquilo. A coisa começou a ficar inusitada quando eu perguntei para a classe sobre o que eles fariam se tivessem no lugar de quem encontrou a grana. Com exceção de um estudante, os demais disseram que devolveriam. Ótimo, pensei! Quase todos estão bem encaminhados. Todavia, há ainda um único a se salvar, e eu queria entender os motivos dele em manter-se em desalinho.   Ao questioná-lo, sem nenhuma cerimônia, o tal aluno explicou-me seu plano: primeiro, eu guardaria cinco mil reais! Os quinze que sobrariam, eu devolveria. Ele iria ficar grato em receber parcialmente a quantia, assim, com certeza, me daria ao

DA SÉRIE: CARTAS DO PACHECO

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Brasilópolis, 22 de janeiro de 2023     Prezado, Zé   Aproveito o expediente e o saúdo com sincera estima e com a saudade costumeira de longa data. O motivo do contato, além do afeto genuíno da nossa amizade verdadeira, deve-se a obrigação de inteirá-lo sobre os últimos acontecimentos por aqui transcorridos, bem como da minha constante inquietação acerca da situação desse velho País. Como bem sabes, afinal foram inúmeras as nossas resenhas a esse respeito, jaz em mim um pessimismo sem fim.   Explico-me, pois bem. Ontem à tarde tombou uma carreta no trevo da entrada da cidade. Beirando a encosta, a jamanta só parou quando colidiu nos postes entranhados na guia. A carga, por volta de 37 toneladas de milho, em minutos foi saqueada pela população. Como já me conheces, andei rápido e cheguei a tempo de coletar trinta sacos; devidamente vendidos na feira local, rendendo-me quase três mil reais. O dinheiro veio em boa hora para financiar o automóvel da patroa, talvez assim ela se acalma e lar

ESCOLHA SUAS LUTAS

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ESCOLHA SUAS LUTAS Os Estados Unidos tiveram, por muito tempo, o maior exército constituído do planeta Terra. Mesmo com cerca de um milhão de homens ativos e treinados com tecnologia de ponta, nem isso foi suficiente para impedir reveses marcantes a eles. A derrota na Guerra do Vietnã, por exemplo, é tida como um retumbante fracasso. Se até os mais fortes batalhões perecem em algumas circunstâncias, por que será que nós humanos temos a pretensão absurda de triunfar em todas lutas empreendidas? Mero devaneio! Perder nunca será um problema em si, pois ganha-se aprendizados riquíssimos em viés de baixa. Entretanto, corresponde um incômodo quando escolhemos mal as batalhas. O ato de viver já nos coloca frente a inúmeras situações solicitando bastante energia e atenção. Ao decidirmos lutar em vários frontes, dividimos nossos recursos e provavelmente não lograremos êxito na totalidade. Oposto a isso, concentrando o foco em poucos combates, a chance de sucesso aumenta significativamente. Ness

PRECISAMOS SER MENOS MAL-EDUCADOS

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PRECISAMOS SER MENOS MAL-EDUCADOS Os limites de uma convivência harmoniosa pautam-se, principalmente, pelo bom senso em saber quais os espaços pertencentes a mim e quais são os dos outros. Não é à toa que esse texto começa com tal afirmação. Nada de aleatoriedade; ao contrário, há uma clara intenção de atestar o quão uma parcela significativa da população brasileira desconhece completamente princípios básicos de educação e ignoram, ainda mais, o bem-estar coletivo.  Acompanha-me nesse raciocínio e tire você mesmo suas conclusões. Ao passo da produção dessa matéria, e me servindo de argumentação à minha tese, não poderia furtar-me de dividir com o leitor o pano de fundo aqui presente: um carro popular, com seu som ligado no último volume, faz todos os objetos da casa tremerem. Das portas ao teto, tudo chacoalha, como num presságio de desabamento. Talvez o vizinho queira isso mesmo  — além de impor seu péssimo gosto musical. De fato, tolher a paz alheia, podendo causar prejuízos à audiçã

A SIMPLICIDADE É O MAIOR DOS DESEJOS PARA O ANO NOVO

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A SIMPLICIDADE É O MAIOR DOS DESEJOS PARA O ANO NOVO Fogos de artifícios colorem o céu em um espetáculo digno de admiração. Nos lares, nos templos, nas ruas, comida e bebida em demasia. Risos e abraços nas areias das praias lotadas; é mais um ano novo que se aproxima. As listas de desejos devidamente prontas, todos estão esperançosos para alcançarem seus objetivos. Seria impraticável descrevê-los, afinal, cada pessoa possui anseios diferentes, num expediente sabidamente individual. Todavia, se coubesse a mim a tarefa de sugerir uma bandeira para o ano vindouro, certamente seria desenvolver uma existência pautada na simplicidade.  Nada tem a ver com a posse  —   ou não  —   de bens materiais; a simplicidade atrela-se ao uso dos recursos existentes como fonte de inspiração de um viver feliz nas esferas humanas. Quer seja sobre o endinheirado executivo em Nova Iorque, ou sobre um monge recluso nas montanhas do Tibete, ambos compartilham necessidades que validam suas vidas. Talvez o segund

O NATAL E SEU CALDEIRÃO DE EMOÇÕES

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O NATAL E SEU CALDEIRÃO DE EMOÇÕES  Ao cair da noite do dia 24 de dezembro, vê-se, em todos os cantos habitados, movimentação alheia à de costume. Em muitas casas, o vai e vem é intenso com o intuito de organizar a ceia de logo mais. Lojas e supermercados ainda recebem clientes em busca do mantimento esquecido ou do presente de última hora. Há aqueles que preferem celebrar a data no dia seguinte, fazendo do almoço uma oportunidade legítima para comer-se fartamente e confraternizar-se com as pessoas queridas. É o Natal! Época do ano capaz de despertar diversas emoções, até mesmo a tristeza. A explicação para isso está no fato do Natal ser uma comemoração que sugere à reunião com a família, e desse e encontro motiva-se outras coisas: como a lembrança da infância querida, fatos passados que remontam situações alegres, ou até mesmo a partida de pessoas amadas. Também evoca a reflexão acerca dos relacionamentos com os familiares e se esses são bons ou trazem mágoas. O Natal inspira um balan

DO PECADO À VIRTUDE: A INVEJA

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DO PECADO À VIRTUDE: A INVEJA Em uma sociedade narcisista e flagratemente egocêntrica, todos se sentem invejados, mas ninguém é invejoso. É o chamado pecado sem pecador. Importante, para início de análise, diferenciar inveja de cobiça. A segunda é o desejo que eu tenho de um bem ou algo o qual não me pertence. Um exemplo típico é o desejo de se ter um carro tal como meu vizinho tem, ou possuir aptidões que uma determinada pessoa possui. Nem sempre a cobiça é negativa, em alguns casos ela serve como alavanca para o cobiçador melhorar sua vida, como aprender um novo idioma, uma vez percebida - e almejada - essa qualidade no outro.  Já a inveja sempre é ruim. Não se trata de eu desejar seu emprego, seu casamento, suas conquistas, isso seria cobiça; a inveja, de forma mais sofisticada e terrível,  é a tristeza que eu sinto porque você é feliz com essas coisas. De modo didático, a distinção entre cobiça e inveja versa que uma é o bem ambicionado para mim; e a outra é a dor sentida pela feli